Proteger a natureza pode ser mais rentável financeiramente do que destruí-la. Este é um conceito recente que economistas ligados às causas ambientais tentam implantar em todo o mundo. A mudança nos padrões depende de um cálculo que considera os serviços naturais e não somente os quesitos analisados nos cálculos do Produto Interno Bruto (PIB) de um país, baseados, principalmente nos bens e serviços finais.
Conforme o estudo Economia dos Ecossistemas e Biodiversidade (TEEB, da sigla em inglês), o desmatamento representa uma perda anual de US$ 2 trilhões a US$ 5 trilhões, enquanto a conservação representaria custo médio de US$ 35 bilhões.
Mensurar o valor dos ecossistemas não é uma tarefa simples, no entanto os cálculos são mais precisos na medida em que os ecossistemas são menores. Assim, é possível mensurar o valor real de pequenas áreas preservadas e comparar com os custos da situação inversa.
Um dos exemplos desta mudança pode ser identificado na preservação dos manguezais no Vietnã, em que um hectare custa US$ 1,1 bilhão ao ano, exercendo a função de proteger áreas contra enchentes. Se o governo local investir em soluções artificiais, os gastos anuais chegam a US$ 7,3 bilhões.
No entanto, o que interfere diretamente na escolha dos governos por construções artificiais é o reconhecimento tido durante o cálculo do PIB, que não oferece valor às áreas naturais e à biodiversidade. Neste ponto entra a ação de economistas ecológicos, como Robert Constanza, que propõe o pagamento de fundos privados, que determinem maior cuidado das empresas com o meio ambiente.
O estudo da TEEB apresenta a teoria de que a economia da natureza existe em uma proporção de 1:100, ou seja, a cada euro investido em proteção ambiental, é possível ter um retorno de cem euros.
Fonte: consumidormoderno.uol.com.br
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