segunda-feira, 7 de julho de 2014

IPI reduzido para móveis e carros é prorrogado para 31 de dezembro

A partir do dia 1º de junho, o brasileiro gastaria mais para comprar móveis e carros. Gastaria porque o governo desistiu do reajuste do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).

Para móveis, a alíquota vai continuar em 4%. Se aumentasse, poderia chegar a 5%.

No caso dos automóveis, o impacto seria mais forte. O IPI dos carros 1.0, por exemplo, poderia sair de 3% para 7%.

O reajuste aconteceria em todas essas categorias. A maior alíquota, a dos carros a gasolina, motor entre 1.0 e 2.0, passaria de 10% para 13%.

Fonte: Receita Federal
As alíquotas reduzidas valem até o dia 31 de dezembro deste ano e são parte de uma estratégia adotada pelo governo em 2012. A ideia é incentivar o consumo dos brasileiros, mas economistas dizem que o efeito tem sido cada vez menor.


MODELO DE CONSUMO

As vendas de carros no país continuam despencando mês a mês, mesmo com o imposto mais baixo. O governo usou as desonerações em setores como o automobilístico e o de móveis para impulsionar a economia.

Fonte: IBGE
Em 2012, só com a redução de IPI, o governo deixou de arrecadar quase R$ 10 bilhões. A conta cresceu em 2013 e só até maio deste ano já se aproxima de R$ 5 bilhões.

 Fonte: IBGE

Mas o consumo das famílias tem perdido fôlego. A taxa de crescimento passou de 6,9% em 2010 para 2,6% em 2013.

Comprar carro e trocar os móveis de casa custa caro. E muita gente já fez isso nos primeiros anos de redução do imposto. Agora, os economistas dizem que, desta vez, o consumidor vai precisar de mais incentivos para fazer uma compra grande. Isso porque a confiança dele na economia está abalada.

“Este consumidor é como se estivesse amarrado. Ele está olhando para o lado e não está vendo perspectiva de ter aumento de emprego e de renda. Então, ele não vai fazer consumo de um produto que vai depender de muito tempo para pagar. A gente está falando de produtos baseados em prestações. Prestações que vão entrar aí nos próximos anos, que são anos de muita incerteza”, aponta Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados.

O ministro da Fazenda diz que o crédito baixo tem afastado os consumidores das lojas, mas prevê uma melhora.

“Se a confiança do consumidor se recuperar, não basta um mês, é verdade. Precisa de mais de um mês com melhora da confiança. Então, você vai ter um apetite maior do consumidor para a aquisição de veículos e de bens duráveis de modo geral”, declara o ministro Guido Mantega.

Fonte: Globo

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