terça-feira, 5 de novembro de 2013

Despesas recorrentes devem ser pagas à vista

Gasto como em supermercado e farmácia precisa caber no orçamento. Dica é parcelar apenas a compra de bens que tenham durabilidade maior que a das prestações mensais.

Para evitar perder o controle do orçamento familiar, o consumidor deve fugir do parcelamento dos chamados gastos recorrentes, como em supermercado e farmácia.

Isso porque, como são feitos com frequência --em geral, uma vez por mês ou mais--, podem virar uma bola de neve de dívidas se forem parcelados.

"Imagine alguém que sempre parcele a compra do supermercado. A pessoa mal pagou metade da compra do mês anterior e já está gastando de novo com aquilo, também em prestações. Os valores a pagar vão se acumulando", afirma a planejadora financeira Myrian Lund, professora da FGV (Fundação Getulio Vargas).

O educador financeiro Álvaro Modernell dá uma dica. "A premissa é: o que se consome de imediato deve ser pago imediatamente."

Ainda de acordo com o consultor, o mesmo raciocínio vale para a compra de itens de pequeno valor.

Em alguns casos, porém, as parcelas são a melhor opção. Por exemplo, se surge a necessidade de troca de um eletrodoméstico ou de uma reforma na casa, e não há reserva financeira para os gastos, é melhor parcelar a recorrer a linhas de crédito caras, como cheque especial ou o rotativo do cartão de crédito.

Roupas, sapatos e outros artigos pessoais também podem ser parcelados caso não haja dinheiro para pagar à vista --o que permitiria barganhar um desconto.

Nesses casos, o ideal é dar uma boa entrada e dividir o restante no mínimo possível de parcelas, diz Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Proteste, associação de defesa do consumidor. "Quanto mais esticado for o pagamento, maior a chance de comprometer a renda e perder o controle", diz.

HÁBITO
Além disso, é preciso tomar cuidado para não tornar o parcelamento um hábito.
"Muitas pessoas só veem o valor da parcela e não conseguem perceber quanto da renda já está comprometida considerando os outros gastos", ressalta o planejador financeiro Alexandre Pinto Novaes.

"Parcelar as despesas dá ao consumidor um poder de compra que ele, às vezes, não tem", afirma a planejadora financeira Aline Rabelo. "É preciso lembrar que, ao parcelar, a pessoa conta com um recurso que ainda nem entrou", acrescenta. (Danielle Brant)

Fonte: idec.org.br

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