Instituto de Defesa do Consumidor dá dicas de como comprar produtos. Em
mega-assalto, 40 mil itens foram levados de fábrica da Samsung.
Os produtos eletrônicos roubados da fábrica da Samsung, em Campinas
(SP), na madrugada desta segunda-feira (7) podem chegar ao mercado, e o
consumidor tem de se precaver para não comprá-los. “É interessante o consumidor
saber que ele está cometendo um crime quando compra produto roubado",
afirma a advogada do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), Cláudia Almeida.
O crime em questão é o de receptação, previsto no artigo 180 do Código
Penal. As pessoas que adquirirem, receberem, transportarem, conduzirem ou
ocultarem produtos de crimes estão sujeitas a uma pena de um a quatro anos de
reclusão, além de multa. Se os objetos forem colocados à venda, a pena pode ser
de três a oito anos de prisão. De acordo com a Polícia Civil, cerca de 20
criminosos renderam funcionários da fábrica para levar aproximadamente 40 mil
dispositivos, como tablets, celulares e notebooks, em sete camiões. Para os
policiais, a carga é avaliada em R$ 80 milhões, valor que a Samsung diz estar
“bem acima da realidade”.
Desconfie de promoções
Para os consumidores não embarcarem em uma furada, a advogada aconselha
que desconfiem de promoções de aparelhos eletrônicos muito atrativas. “Ninguém
faz uma promoção de um celular que custa R$ 1,8 mil por R$ 1 mil, R$ 500. Essa
diferença grande de preço é um indício de que o produto tenha origem
desconhecida”, diz Cláudia.
Para se precaver, o comprador sempre deve exigir nota fiscal. “Quem
vende produto roubado, em tese, não vai oferecer nota.” O estabelecimento
comercial onde o produto é comprado também pode ajudar a evitar dissabores
futuros. A dica é sempre procurar lojas conhecidas. Além disso, no momento da
compra, o consumidor também deve checar se a embalagem do aparelho foi violada.
Fonte: IDEC
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