quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Dicas para evitar o endividamento e a inadimplência

Planejar antes de começar um financiamento, fazer uma planilha com o orçamento mensal e utilizar cheques e cartão de crédito com cautela são dicas fundamentais para o consumidor não acumular dívidas.
Recentemente, o governo tem colocado em prática uma série de medidas para reduzir as taxas de juros cobradas pelos principais bancos do País. A ideia é manter a economia aquecida e a estratégia principal é o estímulo ao consumo, especialmente de bens duráveis. No entanto, os elevados índices de inadimplência têm demonstrado que esse consumo pode não estar sendo muito bem planejado pelas famílias brasileiras.

Para evitar que a compra de seu carro, casa ou eletrodoméstico o leve a uma situação de endividamento em excesso e, consequentemente, à inadimplência, o Idec preparou uma série de respostas para as perguntas mais frequentes em relação ao tema e também apresenta algumas dicas para que o consumidor mantenha as finanças organizadas.

Qual a diferença entre endividamento e inadimplência?
Quando uma pessoa pega emprestado recursos financeiros para adquirir algum bem, ele está se endividando. O excesso de dívidas pode levar o consumidor à situação de inadimplência, que é quando não se consegue pagar um compromisso financeiro até a data de seu vencimento.

Como o consumidor pode evitar o endividamento excessivo ou superendividamento?
A regra principal para evitar o endividamento excessivo ou superendividamento é não deixar que as parcelas dos empréstimos ultrapassem 30% da renda mensal familiar. Se isso acontecer, o consumidor terá dificuldades em arcar com as despesas básicas do dia a dia. Fazer uma planilha com o orçamento doméstico mensal e saber exatamente o valor da sua renda para saber quanto poderá gastar são dicas fundamentais para que o consumidor não acumule dívidas. Também é aconselhável optar pelo pagamento de menor quantidade de parcelas em um financiamento para evitar o pagamento de juros altos por um longo período. 

Quais são as recomendações antes de começar um financiamento?
A primeira recomendação é planejar. Fazer um empréstimo em uma situação emergencial ou desesperadora não dá certo. O consumidor precisa analisar sua capacidade de pagamento, lembrando sempre que os cálculos não devem se basear no valor do salário, mas no que sobra depois do pagamento das contas do mês e outras dívidas que já possua. Imprevistos como desemprego ou doença devem ser levados em consideração. Diminua gastos desnecessários e tenha controle do seu dinheiro.

Antes de começar um financiamento, o consumidor precisa saber que tipo de crédito é o mais adequado para a finalidade dele. Se for para aquisição de bens, procure a linha específica ao invés de simples empréstimos pessoais. As linhas específicas para a aquisição de bens costumam ser mais baratas, porque o bem fica como garantia. Fuja de crédito caros como cheque especial ou cartão de crédito. Para uso do dinheiro sem finalidade específica, compare empréstimos pessoais em diferentes bancos.

É importante, ainda, pesquisar os diferentes bancos antes de fechar negócio, pois as condições oferecidas costumam variar bastante, bem como as taxas aplicadas. Também vale evitar financiamentos em mais de 24 parcelas e dar o maior montante possível de entrada, a fim de diminuir ao máximo o prazo de pagamento.

Como usar cheque, cartão de crédito e o cheque especial sem acumular dívidas?
Sempre que utilizar cheque pré-datado, anote os números das folhas e as datas previstas para os descontos. Desta forma, o consumidor tem o controle de seus gastos e pode se programar para ter o dinheiro na conta quando o cheque for descontado.

Já o consumidor que parcelar as compras no cartão de crédito também deve ficar atento não só ao valor da parcela, mas ao total que sua fatura vai somar com aquela nova aquisição. O pagamento integral da fatura é fundamental, uma vez que os juros cobrados no parcelamento da fatura são um dos mais altos do mercado. Assim, ao parcelar ou pagar o “valor mínimo”, a dívida acumula para o mês seguinte e fica cada vez mais alta!

Quanto ao cheque especial, evite-o ao máximo. As taxas de juros dessa modalidade são muito altas e é importante lembrar que, quando seu salário for depositado no próximo mês, ele primeiramente cobrirá sua dívida no cheque especial - também conhecido como “limite” de sua conta corrente. Sendo assim, você terá menos dinheiro disponível para arcar com seus gastos do mês em questão, o que poderá levá-lo a entrar novamente no cheque especial, criando um circuito sem fim de cobranças de juros e uma conta corrente que não sai do vermelho nunca.

Fonte: Idec.org.br

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