O cartão de crédito é um dos
meios de pagamento mais usado pelos brasileiros. Essa facilidade de crédito
pode ser o maior vilão do consumidor quando não usado com responsabilidade.
Segundo o diretor de economia da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de
Finanças), Roberto Vertamatti, por possuir a maior taxa de juros entre as
outras modalidades de financiamento, com média de 11%, o consumidor que deixa
de pagar as dívidas do cartão de crédito pode dobrá-la em sete meses.
O economista explica que quando
se tem uma dívida no cartão o consumidor deve buscar alternativas como um
empréstimo, por exemplo.
“É aconselhável que o consumidor
pague a dívida com juros mais altos e fique com a que possui o juros menor, por
isso o empréstimo é sempre uma boa opção na hora de quitar os débitos do cartão
de crédito”, aconselha Vertamatti
“A Pouca concorrência no cartão
de crédito prejudica o consumidor com as altas taxas de juros”, complementa.
Outras
modalidades de crédito
A segunda
modalidade de crédito com maior taxa de juros é o cheque especial. Com média de
8% ao mês, o consumidor que deixar de pagar a dívida do cheque especial pode
dobrá-la em dez meses.
“Só use cheque especial se for
algo extremamente urgente e mesmo assim, no momento seguinte, procure seu
gerente e busque outra alternativa de pagamento”, ressalta o diretor econômico
da Anefac.
Em seguida, aparece o crediário,
com taxa média de 7,5% ao mês, com possibilidade de dobrar a dívida em dez meses.
Seguido pelo Financiamento bancário (4,2% a.m) onde a dívida pode dobrar em 17
meses; financiamento de veículos (1,54% a.m) com possibilidade de dobrar a
dívida em 45 meses e por fim o crédito consignado que é a modalidade de crédito
mais indicada devido as taxas de juros mais baixas, de 1,8% ao mês. Nessa
modalidade, o consumidor inadimplente pode dobrar o valor da dívida em 40
meses.
Taxas
altas
Para
Vertamatti, mesmo com a pressão do governo para a redução dos juros o
consumidor ainda sente uma queda muito pequena nas diversas linhas de crédito.
“A Selic (Taxa Básica de Juros) é
só uma parte da composição dos juros há outros componentes como rentabilidade
dos bancos e tributos que a compõem. Nosso sistema bancário ainda está muito
gravado pela inadimplência e pela carga tributária que é muito alta no sistema
tributário brasileiro”, afirma.
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