segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

DESCONTOS FAVORECEM PAGAMENTO À VISTA DAS CONTAS COM VENCIMENTO EM JANEIRO

Pagar contas do começo de ano à vista nunca foi tão indicado como agora. Os descontos superam de longe o juro oferecido nos investimentos. Entre os tributos, o maior desconto em São Paulo é o do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), de 6%.

Nos gastos com material escolar e livros, em que o consumidor pode negociar preços, o abatimento pode chegar a 20%, segundo cálculos de especialistas. Se deixasse o dinheiro guardado, raramente o consumidor conseguiria obter rendimentos acima disso, devido aos juros baixos em vigor no País atualmente.

"Se a pessoa economizou e tem uma reserva, não dá mais para guardar o dinheiro agora no começo do ano para parcelar as contas. Pegar os descontos oferecidos nos impostos é como emprestar dinheiro ao governo a 10%", diz o professor do Insper, Liao Yu Chieh.

Segundo Chieh, se o imposto fosse parcelado em três vezes, seria indicado aplicar o recurso em um produto que rendesse 1,7% no período, já líquido de Imposto de Renda, algo que ele acredita ser difícil entre aplicações mais conservadoras como poupança e fundos de renda fixa. A caderneta, por exemplo, não tem alcançado 0,5% por mês.

Uma das recomendações é aproveitar a segunda parcela do 13º salário, a ser paga no próximo dia 20, para pagar em dia as contas em janeiro. "No Natal, as pessoas se empolgam e já começam o ano endividadas. O indicado é primeiro reservar dinheiro para os compromissos e gastar com presentes o que sobrar.

"Não adianta conseguir bom desconto se a loja é uma das mais caras do mercado. O segredo é pesquisar e selecionar as três mais baratas. Um lugar não vai dar desconto nenhum, outro vai dar 5% e um terceiro, 20%", diz o vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira.

Neste ano, 12% dos trabalhadores pretendem poupar o 13º salário para o começo de 2013, segundo pesquisa da Anefac. "O porcentual tem se mantido em 12% há três anos. Antes a preocupação por parte do consumidor era menor", diz Oliveira. "Há conscientização maior do uso do 13º. Agora o que as pessoas devem aprender é que o planejamento deve ocorrer ao longo de todo o ano e não só em dezembro".

Fonte: Estadão.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário