Imagine receitas de bolo com quantidades diferentes de fermento. A que tem mais, cresce a uma velocidade muito maior. É o que acontece quando comparamos a evolução de dívidas feitas no cartão de crédito, no cheque especial, no carnê e no cartão de loja com o investimento da mesma quantia na poupança. Enquanto no cartão o valor do débito leva apenas oito meses para dobrar, na caderneta o cliente espera por longos 14 anos e um mês (ou 169 meses) pelo milagre de ver o dinheiro duplicar de tamanho.
Para o economista José Dutra Vieira Sobrinho, mesmo que os juros do Brasil fossem cortados pela metade, ainda seriam altos:
Não existe país como o Brasil, em termos de taxas. No cartão de crédito, os juros médios são de 9,37% ao mês. O Peru, segunda maior taxa na América do Sul, cobra 3,72% ao mês, em média. Mesmo que nossos juros fossem reduzidos à metade, ainda seríamos os líderes.
Na avaliação dele, nem a inadimplência é motivo para bancos e financeiras cobrarem taxas tão elevadas.
Geralmente, quem se endivida no cartão de crédito enfrenta problemas com o cheque especial. O jeito é tentar fugir desses juros, de qualquer maneira.
Uma opção é juntar dinheiro. Se não der para comprar à vista, vale para dar um bom valor de entrada e reduzir o valor a ser parcelado.
Fonte: portaldoconsumidor.gov.br
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